domingo, 2 de agosto de 2009

mi mayor pesar


La vida es que nos quedamos con el viejo, pero sin duda, más atento y más especialmente la defensiva. Yo no sé si encontrar el amor de nuevo, pero esta es La vida es que nos quedamos con el viejo, pero sin duda, más atento y más especialmente la defensiva. Yo no sé si encontrar el amor de nuevo, pero esta es mi mayor pesar ......

*Um grande amor*


Às vezes tenho a sensação de que no teu coração se esconde, na verdade, um profundíssimo e negro poço. E as emoções que demonstras, são meros fragmentos que conseguiram escapar do lodo que guardas no fundo. Que segredos abrigas nessas profundezas onde não consigo chegar sem morrer congelada?
O que tens por dentro, que nem o vento adivinha? O que brilha fortuitamente nesses olhos, que não sei descortinar? Quem és tu, meu estranho, estranho amor?
Se me aproximo da tua pele para aspirar todas as partículas do teu ser, se te percorrer a linha do cabelo da testa à nuca…nada encontro que não tempestades por desabar e promessas de dias mais negros. Mas depois deito a cabeça no teu peito, os meus cabelos negros como rios de tinta na tua carne, espalhando-se sobre o teu coração, e escuto um batimento humano que me chama, que me enche de um estranho, estranho amor. Depois silêncio ecoando em ti, como se fosses vazio por dentro, e então é como se não te conhecesse…somos então estranhos que partilham os seus dias sem se tocarem, como dois sem-abrigo partilhando a mesma rua, a mesma miséria, sem nunca terem curiosidade de saber o nome um do outro.
Olho-te de noite através dos meus de antílope, dilatados como dois pratos na escuridão, âmbar nocturno e vigilante. Vejo-te sonhando e tento descobrir que sonhos escondem as tuas pálpebras, que pesadelos nadam nesses olhos de lagoa, que fantasias enchem de cores o castanho dos teus olhos. Em vão: és impenetrável como uma muralha ancestral.
Estás sempre tão longe e tão perto, és uma contradição movediça que me vai engolindo às golfadas…um dia nada restará de mim e então, uma paz como nunca antes existiu inundará de um silêncio arrepiante os espaços que foram nossos. Até lá, vou caminhando e procurando por ti, atravessando tempestades de areia que me cortam até ao osso, fustigando-me as feições, arrancando-me a vida aos pedaços. Afinal não é difícil morrer, difícil é voltar a ter um grande amor..