quinta-feira, 9 de julho de 2009

Vida


A vida num instante.

De um momento para o outro a nossa vida muda. Estamos em mudança constante. De um segundo para o outro perdemos pessoas importantes na nossa vida, e por vezes basta um instante para encontrar alguém por quem temos andado a procura a vida toda, e ainda mais um segundo para voltar a perder, para depois conquistar novamente. As mudanças do ciclo de vida são das mais variadas que se pode imaginar. Umas são para melhor. Outras são para pior. Mas todas eles fazem parte da vida. Umas por vezes não custam nada, mudar de estilo, mudar de pensamentos, mudar de emprego. Outras estão rodeadas de sofrimento. Mudar de pais, mudar de amigos, mudar de amores.Que acontece quando somos confrontados com estas mudanças e nada podemos fazer para o impedir? Sofremos naturalmente. Mas esse sofrimento fornece a energia necessário para viver. De certo modo sofrer faz com que exista uma vontade de procurar uma situação melhor. E isso implica mais uma mudança. Isto é, na realidade um ciclo vicioso, onde a única forma de o travar é a monotonia. E quem gosta disso? Ninguém. Por isso temos mais é que aceitar estas mudanças. Porque, quer se aceite, quer não, a vida é um instante muito breve onde de um momento para o outro acontece mais uma mudança que não podemos controlar. A morte. A mudança suprema, aquela em que passamos de um mundo para o outro, e não levamos nada connosco, apenas deixamos. Deixamos as recordações com que os vivos ficam de nós, e até essas recordações tem data de validade associada mais uma vez a morte.Por isso, não devemos tentar fugir as mudanças que cruzam o nosso caminho, mas sim enfrentar cada uma delas com coragem e com a ideia que essa mudança pode ser para melhor."A vida são dois dias, o de ontem já passou e o de hoje está a acabar. Amanhã está no incerto. Aproveitam cada nova oportunidade."

domingo, 5 de julho de 2009

AMor

Ninguém sente em si o peso do Amor em que se inspira, mas não comparte...
Nas máximas aplicações, nas derradeiras horas do coração e da vida, é grato ainda sentir-se amado quem já não pode achar no amor diversão, nem soldar o último fio que está a partir...
Orgulho ou insensibilidade do coração humano, seja o que for, no amor que nos dão e que nós graduamos o que valemos em nossa consciência! Na fraca natureza, que é todas as Galas do Céu, no Mar e na Terra, e toda a incoerência, absurdos e vícios no Homem, que se aclamou a si próprio Rei da Criação, e nesta boa fé vai vivendo e morrendo... O que é o Amor?
O meu coração é indiferente ao destino da minha cabeça...
O verdadeiro amor decorre em intervalos de tempo que se aligeiram em delírios e delícias sem fadiga do corpo, nem desagrado moral! Amor nos olhos que fintam e amor nas palavras que convencem que não há um só coração para cada homem, mas apenas uma mocidade para cada mulher...
A fixidez, a consciência do Amor, finda uma independência do coração. A modéstia inocência e o acanhamento lisonjeiam o virginal melindre da alma e faz saborear de antemão o prazer de uma nova conquista!
As excepções têm sido o ludíbrio dos mais acirrados pensadores... A paixão não se conforma com a desgraça e não compreende a indiferença!
Canso-me então de falar do Amor de uma mulher como paixão perigosa, única e inflexível!
Apenas o tempo diz se é perdoável o ódio ou se devemos declarar sentenças contra a virtude de amar...